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As UMEIs e o impacto na educação infantil mineira

Crianças de 0 a 6 anos disputam vagas no mais bem sucedido projeto educacional de Belo Horizonte. Vagas para classe baixa são agora disputadas pela classe média

A educação infantil está no menor nível de subordinação do prestígio nas escalas social e escolar, e também nas políticas públicas e na gestão educacional brasileira. Negligenciada ao longo da história em todo o Brasil, é necessário universalizar a educação infantil, pois os aprendizados da infância duram para toda a vida. As UMEIs – Unidade Municipal de Educação Infantil – priorizam a educação pública de crianças de 0 a 6 anos, agora a cargo do município. Foi promulgada em novembro a Lei 8.679/2003 a qual insere novas diretrizes para a educação infantil na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte e região metropolitana. As novas diretrizes incluem atendimento às crianças de 0 a 3 anos, e ampliando as vagas para crianças de 4 a 5 anos de idade, a criação das UMEIs e do cargo de Educador Infantil.

As UMEIs são construídas fisicamente de acordo com um projeto arquitetônico padrão, e uma identidade própria para cada unidade escolar. São usadas cores marcantes, aliadas a uma variação de tonalidades, e cerâmicas nas fachadas externas. O marmorite é usado no piso de circulação, e a ardósia nas bancadas e prateleiras. As telhas são de cerâmica na cobertura, para proporcionar conforto térmico adequado às escolas infantis. Todos os espaços concebidos devem permitir o crescimento e desenvolvimento das crianças, transitando livremente pelos espaços da escola. As UMEIs oferecem alimentação de qualidade e noções de higiene pessoal. O cardápio é montado por nutricionistas, e não inclui frituras nem refrigerantes.

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O projeto educacional também incentiva as crianças a conviverem e respeitarem as diferenças, por haver diferentes classes sociais e etnias em uma mesma sala de aula. O trabalho feito pelas educadoras profissionais das UMEIs prioriza, para as crianças acima de 3 anos, o ensino de leitura e escrita de letras e numerais e desenvolvimento das habilidades das crianças como colagens, recortes, ouvir e contar histórias. São escolas infantis de qualidade, com vagas disputadas também pela classe média alta. O projeto UMEI colocou Belo Horizonte como referência nacional na pré-alfabetização.

Camila Campos ,24 anos, estudante de psicologia e desempregada atualmente, fez inscrições em 7 UMEIS. Aguarda a classificação na lista de espera para o filho de 4 meses entrar para a UMEI. Ela tem esperança de conseguir uma vaga, pois precisa de uma instituição de qualidade para o filho, e precisa também calcular o orçamento doméstico:” Colocar em uma creche particular é igual a pagar uma faculdade. Então se meu filho for inscrito, eu poderei pagar minha faculdade” afirma Camila. “As UMEIS são projetos que cumprem sua meta de proteger e educar as crianças de vulnerabilidade social. E ter acesso a educação e alimentação adequada para a população de baixa renda na pré-escola” conclui Camila.

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Diferente de Camila, Fernanda Lima, 33 anos, recepcionista, fez a inscrição simultaneamente em várias UMEIs. O filho tem 3 anos de idade, ela aguardou e conseguiu a vaga: “ A UMEi é uma instituição de qualidade e gratuita. Acredito que vai ser bom para mim e para meu filho” afirma Fernanda Santos.

“Com uma infraestrutura física pensada nas crianças pequenas e com necessidades especiais, priorizamos a questão motora, lúdica, a expressão corporal da criança, usando várias mídias como: som, dvd e televisão. Tudo com cunho pedagógico. Atendemos as crianças vulneráveis que é o objetivo primeiro, depois atendemos as outras crianças em diferentes etapas para atender a todos. É direito a criança ter acesso a educação infantil e de qualidade. A prefeitura de BH é pioneira nesse projeto. A criança aqui vai desenvolver autonomia e escolhas, um desenvolvimento de maneira integral. Depois daqui,após os 6 anos, são encaminhadas para o Ensino Fundamental 1. Para uma escola pública da região de domicilio da criança”. Explica a vice diretora da UMEI Sarandi, Hellen Albuquerque.

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Trabalho dos alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário UNA

Produção: Sarah Santos e Douglas Rodrigues

Texto: Sandra de Castro

Vídeo e fotos: Maycon Santos

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